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terça-feira, 4 de outubro de 2011

Mudanças, perdas de energia


Mudanças, perda de energia (Recortes do livro de C.G. Jung – Vol.XVI)







            O inconsciente não é um monstro demoníaco. Apenas, uma entidade da natureza, indiferente do ponto de vista moral e intelectual  que só se torna realmente perigoso , quando a nossa atitude consciente frente a ela for desesparadamente inadequada.

            Por isso devemos tratar o sujeito do outro que está em nós pela transferência que se dá nas relações humanas, com respeito, educação e não obter o gozo, não se sabe o quanto organicamente o outro pode suportar; de tal forma que o gozo do outro é inconsciente para o sujeito, a atividade vital pode ficar paralizada por omissões de todo o tipo, por deveres negligenciados, por tarefas eternamente proteladas por obstinações deliberadas, de tal forma que uma determinada quantidade de energia, que não tem mais utilização no consciente, reflui para o inconsciente onde vai ativar certos conteúdos(compensatórios) e isso com tal intensidade, que começa a exercer uma ação coercitiva sobre o consciente. Esta é uma das maneiras possíveis de se produzir uma perda de energia. A outra consiste numa perda não ocasionada por um mau funcionamento do consciente, mas por uma ativação espontânea os conteúdos inconscientes que afeta o consciente secundariamente.

            Durante um período de incubação de uma mudança de personalidade ou caráter é freqüente verificar-se uma perda de energia do consciente: a nova evolução retirou do consciente a energia de que necessitava.

            O analista sabe perfeitamente que o doente precisa de uma ilha  e que, sem ela, estaria perdido. É o refúgio de sua consciência, o último baluarte contra os tentáculos do inconsciente que ameaçam agarra-lo.

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