Páginas

Pesquisar este blog

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A Justiça Falha por Tardar!!!

A Justiça Falha por Tardar


Rodrigo Angélico Pacheco, advogado.

Quem já não ouviu esse jargão 'A Justiça tarda mas não falha'? Se formos pensar melhor, isso é uma grande inversão. A justiça falha justamente por tardar. O que adianta o alívio ou a recompensa na justiça, quando o dano se tornou irreparável pelo tempo? A verdade é que a sociedade como um todo está infelizmente montada numa estrutura invertida e patológica e o Direito não é nenhuma exceção.



De maneira que precisamos todos, operadores do Direito: advogados, juízes, procuradores, promotores, etc., ter em mente alguns pontos fundamentais sobre a ciência da psico-sóciopatologia, desenvolvida por Norberto Keppe, para produzirmos uma justiça de qualidade.



Estou convencido de que, quando se aplica uma norma ao fato em concreto, se não tivermos conhecimento dos aspectos básicos da patologia, tais como a megalomania, inversão, intolerância, e a paranóia, ao invés de aplicar sabedoria, buscar a verdade, ou justiça, estaremos fazendo do processo um meio de "identificação projetiva", ou seja, estaremos projetando nas circunstâncias processuais os nossos problemas inconscientes. Em outras palavras, é trazer para dentro do processo, além dos fatos, todo o universo interior patológico das emoções que contaminam e deturpam a verdade.



Em minha militância como advogado, percebo claramente que algumas vezes o processo é, de um lado, o trabalho do advogado em atender os interesses de seu cliente (será que todos esses interesses são sempre de fato legítimos?) e, de outro lado, o do juiz, que muitas vezes demonstra claramente seu desinteresse pelo processo. Esse desinteresse demonstra, não raro, a resistência psicológica por parte de juízes em lidar com o reflexo de suas problemáticas internas dentro do processo.



A seguir transcrevo um relato de uma colega de trabalho, Dra Flávia, que ilustra com clareza um aspecto patológico, nesse caso, dos juízes:



“A lei prevê a igualdade entre juízes e advogados, bem como o direito destes últimos serem recebidos por aqueles. Entretanto, tenho percebido que nos últimos anos é enorme a dificuldade de acesso à maioria dos gabinetes dos juízes de Primeira Instância, para despachar petições ou mesmo expor algum fato novo que precisa de maior atenção.”



Não é difícil o leitor perceber que a atitude de alguns juízes, é de se isolar, confundindo claramente sua pessoa com o cargo que ocupam. Acredito que o narcisismo de alguns indivíduos, ou seja, viver voltado às suas próprias ideias, em vez de se concentrar no mundo externo e real, torna ainda mais difícil a tarefa.



“Não existe nada mais antiético do que permitir que as emoções vaguem à solta, pois se trata da substituição da realidade pelo mundo alienado dos sentimentos ruins.” (A Libertação da Vontade pag 120. Norberto Keppe - Editora Proton).



Tudo que fazemos espelha aquilo que somos, pensamos e sentimos, por isso, a necessidade, de uma psique equilibrada, para que o processo como um todo cumpra a sua função de justiça.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Nossos direitos devem ser respeitados!!!

Achei o artigo muito interessante!!!


Nossos direitos devem ser respeitados: quais e como?


Por Amália Negrão Leite Ribeiro* Irma Pereira Maceira **

Mãe, ele pegou meu brinquedo! Professora, pegaram a minha borracha! Pensava que era meu amigo, mas está de olho na minha namorada. Não aguento mais meu chefe! Trabalho, trabalho e não saio da mesma estaca! Assim não dá! Puxaram o meu tapete. Estão me pressionando para sair, mas vão ver: vou exigir meus direitos...



Desde a infância, convivemos com a disputa, desentendimentos, insatisfações. A cada geração, parece que os problemas não só se repetem, como vão se tornando mais diversificados e maiores. Sentimo-nos envolvidos em situações insuportáveis, geralmente culpando alguém por tudo que não alcançamos: os irmãos, os pais, os colegas, os chefes, governantes corruptos. Mais recentemente, até a globalização! Nossos direitos não são respeitados e sentimo-nos “vítimas do sistema”.



Diante do que entendemos como injustiças, sentindo-nos impotentes: ora entramos em depressão, ora nos revoltamos, agredimos, destruímos até. Adoecemos. A sociedade adoece. Insatisfação, insegurança, revolta, desesperança é o que resta. Mas não é bem assim. Ou melhor, não fomos criados para que seja assim.



Há cerca de sessenta anos, Norberto Keppe dedica sua vida ao estudo dos problemas que “atormentam” o ser humano. Em seu livro “A Libertação da Vontade” afirma: O ser humano adoece ao negar, omitir ou deturpar a realidade; neste último, estou esclarecendo a conduta de rejeitar, anular e denegrir a virtude, o bem, a verdade e a beleza. O problema central da humanidade é sem dúvida alguma o moral, que ocasionou todas as perturbações sociais e individuais.



É comum ouvirmos: “Falar é fácil...!” E seguimos vivendo da mesma forma, suportando os mesmos problemas, sofrendo e responsabilizando ou outros por tudo que não alcançamos. Mas é possível, sim, mudar esta situação. Como? Procurando tomar consciência do que realmente queremos, qual a forma eficaz para alcançarmos nossos objetivos, informando-nos (já que não convém, aos que estão no poder, oferecer a todos os ensinamentos necessários e devidos) da consequências de cada um de nossos atos.



Num primeiro momento, ao tomarmos qualquer atitude, devemos partir de um raciocínio muito simples e do qual todos temos conhecimento: se fizessem isso para mim, eu acharia justo? Se a resposta for “não”, não tomemos esta atitude. Infelizmente, nem sempre é o que acontece. Daí os conflitos, a desarmonia. Então, devemos dar um passo à frente – procurar entender o que é Direito.



A palavra direito vem do latim directum ou rectum: direito ou reto. Conforme interpreta o professor Machado Neto, da Universidade da Bahia, “o Direito é conduta e não norma. Conduta adotada no relacionamento entre sujeitos”.



Na Roma Antiga, Justiniano já afirmava que “não é da regra que o emana o direito, mas do direito (jus) é que se faz a regra”. O termo latino jus significa conforme a justiça e também mandar, ordenar. Em Roma, nas Assembléias, os cidadãos discutiam as regras e concordavam em ordená-las. No idioma falado por povos da Itália, Pérsia e Índia, jaus ou jous exprimia uma idéia correspondente às noções mais elevadas que o espírito do homem possa conceber. E, no idioma dos vedas, yós significava bom, santo, divino.



Empregada no sentido de norma ou lei, a palavra direito significa que a lei deve estabelecer o que é justo e determinar seu reconhecimento – o que nem sempre é realidade. Cláudia Pacheco, no livro “ABC da Psicanálise Integral – Trilogia Analítica”, analisando como solucionar os conflitos surgidos na convivência social, afirma que a correção virá por meio de leis justas para todos. Keppe percebeu que por trás das estruturas sociais, políticas e econômicas, de todas as leis, que o povo tanto respeita e admira existe uma grande doença repleta de más intenções, inveja, desejo de poder, exploração e manipulação. Será necessário que os indivíduos mais conscientes reavaliem essas regras sociais, selecionando o que realmente tem valor e é saudável.



Se há governantes e legisladores, é porque o voto de cada um de nós os colocou no poder. É preciso que tomemos consciência da força do voto, procurando saber quais são as funções dos vereadores, dos deputados, dos senadores para, então, podermos avaliar quais candidatos apresentam as qualificações exigidas para exercer suas funções dignamente, em nosso nome – aqueles que merecem nosso voto. Se trocarmos o poder de nosso voto por promessas ilusórias, brindes ou vantagens pessoais, seremos partícipes dos desvios de conduta que vierem a ser praticados por nossos representantes.



Direito pode significar, também, ciência normativa humana, moral, tendo por finalidade ordenar a conduta social dos homens, no sentido da justiça. Conduta moral é comportamento honesto. Assim, o Direito está estreitamente ligado à Ética, ou seja, determinar como agir - seu objeto deve ser a ordenação do comportamento humano voltado para o bem, pessoal e comum.



E o que é o bem? Keppe, no livro “O Reino do Homem”, adotando a orientação dos filósofos estóicos, reconhece que somente pela prática das virtudes é que o ser humano chegaria ao bem – único caminho da riqueza, bem-estar e felicidade humana. A virtude é o caminho da verdade; um homem virtuoso é ao mesmo tempo um homem de ação, pois a virtude é um saber e ensino. A virtude tem de ser vista como o maior ideal de realização para que o indivíduo e a sociedade sejam equilibrados e se desenvolvam.

E conclui: Posso afirmar que o maior problema do homem é sua falta de ética, que o leva a todas as doenças e males humanos e sociais.



Logo, o que pode parecer impossível, um sonho é, felizmente, uma realidade. Ainda que a qualquer momento, em qualquer idade, seja possível retomar condutas capazes de trazer de volta a tão ansiada dignidade, afastando as angústias e frustrações, ao se aproximar a comemoração da vinda do Jesus Menino, cada um de nós tem uma motivação a mais para que este momento de conscientização, de interiorização seja hoje, agora.



Fernando Pessoa, poeta português, já ponderava: “Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma de nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e se não ousarmos fazê-la teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”.



Como ensina Keppe, no livro “Contemplação e Ação”, de há muito, acostumamo-nos a ouvir que a maior das revoluções, em toda a História da Humanidade, foi realizada por Jesus Cristo. No entanto, o essencial, do que falou, ainda não foi compreendido e posto em prática. Ele não considerou o dinheiro, o sexo e as honras sociais, como os elementos mais importantes da vida; pelo contrário, viu na humildade, na modéstia, no pacifismo e, principalmente, no amor ao próximo (e a Deus, evidentemente), os fatores primordiais para bem viver.



Tudo o que fazemos espelha aquilo que somos, pensamos e sentimos, por isso, a necessidade de uma psique equilibrada. Conhecendo-nos melhor seremos capazes de conviver com os problemas e adotar condutas tais que superem os conflitos de interesses e construam o verdadeiro bem estar social, uma vida de paz e harmonia.




*Advogada. Formada em Música, História, Geografia e Mediação

e Arbitragem.



** Advogada, doutoranda em Direito Comparado,

Professora da UNIP.



Artigo publicado no jornal 'Estado de Direito' de Porto Alegre

Edição de Novembro e Dezembro de 2009 • ANO IV • N° 23

Site do jornal: www.estadodedireito.com.br

terça-feira, 17 de agosto de 2010

As crianças "não" são o melhor do mundo

Uma postagem de Jotabê(Sul de Portugal) da qual achei muito interessante, principalmente para refletirmos das crianças na sociedade em que vivemos com uma cultura e economia hostil.
Tenho, ou melhor tinha, pois estou aqui a partilhar com vocês, um segredo de opinião que me vinha, tal qual todos os outros que ainda irão permanecer, a corroer.



Odeio a expressão, “As crianças são o melhor do mundo”.

E odeio tão-somente por estes dois motivos; primeiro por não concordar com ela, o que só por si é relevante, e segundo porque no meu íntimo, ao não concordar, achava que não devia partilhar esta opinião com mais ninguém, não fossem ficar a gostar menos de mim, (eu sempre tive um grande défice de afectos).



É uma expressão que sempre que a oiço, dá-me comichão, na garganta, (talvez por ter que calar o desacordo), na nuca, nas costas, e não são assim tão raras as vezes que me provoca oma tosse compulsiva, acabo sempre por disfarçar com um engasgue inventado.



Para não chatear com fastidiosas explicações, esta expressão, na minha opinião, é como um imaculado manifesto que nos remete a todos nós, os adultos, para a condição de maus seres. Pois bem, basta andar atento e olhar em redor para facilmente chegar à conclusão que, as crianças podem ser, ofensivas, desgradáveis e impossiveis de aturar, perversas, chantageadoras, podem até matar. As razões para tal não interessam, podem ser as mais variadas, o que interessa é que as crianças serão sempre reflexo do ambiente que as rodeia, e os pais terão quase sempre o papel decisivo nesse processo, sei também que para muitos isto é chinês. Na sua ausência, responsáveis, tutores, ou mesmo instituições, representarão esse papel, é este o resto do quase que atrás referi.



E tudo isto permanecia amordaçado cá dentro de mim.

Eis quando surge então uma opinião vinda de Eduardo Sá.



Quem é Eduardo Sá?

Eduardo Sá é psicólogo clínico, psicanalista e professor de psicologia clínica na Universidade de Coimbra e no Instituto Superior de Psicologia Aplicada, em Lisboa. Tem uma longa experiência de acompanhamento de fetos e de bebés, de crianças, de adolescentes e das suas famílias. Director da Clínica Bebés & Crescidos.Tem colaborado regularmente na imprensa, nomeadamente nas revistas XIS, do jornal Público, Adolescentes, e actualmente na Notícias Magazine, do Diário de Notícias, publicou, Manual de Instruções para uma família feliz, Más maneiras de sermos bons pais, Psicologia dos pais e do brincar, A maternidade e o bebé, A vida não se aprende nos livros, Tudo o que o amor não é, Chega-te a mim e deixa-te estar, Crianças para sempre e, em co-autoria, O melhor do mundo.

(In Oficina do Livro)



E o que disse então Eduardo Sá?

Ora bem, o sr. doutor disse mais ou menos isto:

As crianças não são efectivamente o melhor do mundo. As crianças podem ser muito mazinhas, dependendo de quem e da forma como são educadas. E precisamente por serem pessoas influenciáveis e moldáveis, nunca poderiam ser esses seres melhores, os melhores. Considerar as crianças como seres melhores que qualquer outro, é pressupor que caminhamos ao longo da nossa vida para pessoas cada vez piores, o que na verdade não é bem assim. É importante enquadrá-las e harmonizá-las com a sociedade como seres de direito, respeitá-las, educá-las e amá-las. Na nossa vida tornamo-nos seres cada vez mais capazes, melhoramos profissionalmente e psicologicamente, cultivamo-nos e enriquecemos com a experiência de vida, não o contrário.



Ora aí está, agora com toda a autoridade, “As crianças não são o melhor do mundo”, e congratulo-me com o facto de ficar com menos um segredo cabeludo que me consumia.

domingo, 15 de agosto de 2010

A Vida Psíquica

A VIDA PSÍQUICA – (Texto do Livro “Convite à Filosofia” de Marilena Chauí)







A vida psíquica é constituída de três instâncias:



- isso↔id↔instância inteiramente inconsciente



- Eu ↔ ego ↔ instância consciente



- Super-eu ↔ superego ↔ possui aspectos conscientes e inconscientes





O id é formado por instintos, impulsos orgânicos e desejos inconscientes, pulsões; regida pelo princípio do prazer, exige satisfação imediata. Freud descobriu que os instintos, impulsos e desejos inconscientes, pulsões, são de natureza sexual empregou o termo em latim de : libido(lascívia, luxúria, desejo sexual violento).



O id é o reservatório primitivo da energia psíquica ou o reservatório da libido. A sexualidade não se reduz ao ato sexual genital, mas envolve todos os desejos que pedem satisfação e podem ser satisfeitos em qualquer parte do nosso corpo ou na totalidade dele.

Para escândalo da Sociedade Européia no final do século XIX e início do XX, Freud introduziu a idéia de sexualidade infantil.

As três fases da sexualidade infantil que se diferenciam pelos órgãos que sentem prazer e pelos objetos e seres que dão prazer.



- Fase Oral: Entre os primeiros meses de vida e os 5 ou 6 anos, ligada ao desenvolvimento do id, quando o desejo e o prazer localizam-se primordialmente na boca e na ingestão de alimentos, e o seio materno é o objeto de prazer ( ou seus substitutos, como a mamadeira, a chupeta, os dedos);



- Fase Anal: Quando o desejo e o prazer localizam-se primordialmente nas excreções e nas fezes, e os objetos de prazer são brincar com massas e com tintas, amassar barro ou argila, comer coisas cremosas, sujar-se;



- Fase Fálica: Quando o desejo e o prazer localizam-se primordialmente no órgão genital masculino, o falo ou pênis, pois a criança, menino ou menina, nessa fase só reconhece esse órgão sexual.

Como nota minha(Conedera) arrisco a dizer aqui que para a menina o falo é o órgão genital feminino, a vagina.



É na fase fálica que surge, no centro do ID, determinando toda a vida psíquica, o que Freud denominou de Complexo Nuclear das neuroses ou Complexo de Édipo.

O termo “Complexo” é empregado por Freud para indicar que se trata de um conjunto de várias pulsões nas quais se exprime o mesmo desejo. É esse desejo fundamental que organiza a totalidade da vida psíquica e determina o sentido de nossa vida, pois tudo dependerá como a criança conseguirá ou não superar esse complexo.

É esse complexo que determina também o sentimento da ameaça da castração ou surgimento de outro complexo, conhecido como complexo de castração, no qual a criança teme perder o falo como punição de seu desejo incestuoso.



Para que o sujeito se proteja, o id passa pelo ego que é o intermediador do meio externo, o ego verifica se o meio externo está adequado para satisfazer as pulsões do id, se não estiver o ego se utilizará de mecanismos de defesa evitando a dor psíquica, postergando a satisfação do id. Veja bem a pulsão de um sujeito pode passar a vida inteira sem ser satisfeita atuando sempre em seus mecanismos de defesa, considerado saudável, evitando a neurose.



O ego ou o eu é a consciência, pequena parte da vida psíquica, submetida aos desejos do id e a observação. Obedece ao princípio da realidade, ou seja, à necessidade de encontrar objetos que possam satizfazer os id sem transgredir as exigências do superego.



Num ensaio intitulado “o ego e o id”, Freud escreve que o ego é um “pobre coitado” , espremido entre três escravidões ou por três senhores: os desejos insaciáveis do id, a severidade repressiva do superego e os perigos do mundo exterior. Se se submeter ao id, torna-se imoral e destrutivo; Se se submeter ao superego, enlouquece de desespero, pois viverá numa insatisfação insuportável; se não se submeter à realidade do mundo será destruído por ele.



Cabe ao ego encontrar caminhos para a angústia existencial. Estamos divididos entre o princípio do prazer( que não conhece limites) e o princípio da realidade( que nos impõe limites externos e internos).

Ao ego é dada uma função dupla, ao mesmo tempo recalcar o id, satisfazendo o superego, e satisfazer o id limitando o poderio do superego.

A vida consciente normal é o equilíbrio encontrado pela consciência para realizar sua dupla função. As neuroses indicam a dificuldade da realização desse equilíbrio e as psicoses( ou a loucura) exprimem a incapacidade do ego para realizar sua dupla função, seja porque o id ou o superego são sua dupla função, seja porque o id ou o superego são excessivamente fortes, seja porque o ego é excessivamente fraco.



A manifestação do inconsciente de forma inconsciente em uma dimensão imaginária de nossa vida psíquica; substituições, sonhos, lapsos de linguagem e de memória, atos falhos, prazer e desprazer com objetos e pessoas, medo ou bem estar com objetos ou pessoas indica que os recursos inconscientes para surgir indiretamente à consciência possuem dois níveis.



- Conteúdo manifesto(escada, mar, e incêncio, no sonho; a palavra esquecida e a pronunciada, no lapso; um objeto quebrado no ato falho; afetos contrários por coisas e pessoas)



- Conteúdo Latente: É o conteúdo inconsciente real e oculto( os desejos sexuais)



Nossa vida normal se passa no plano dos conteúdos manifestos e, portanto, no imaginário. Somente por meio de uma análise nos permite decifrar o conteúdo latente que se dissimula sob o conteúdo manifesto.